Por que o Dia Internacional das Mulheres é comemorado no dia 8 de março?

Por que o Dia Internacional das Mulheres é comemorado no dia 8 de março

No dia 8 de março, comemora-se o Dia Internacional da Mulher, um dos momentos mais importantes do calendário global no mês de março. A data, criada em 1917 para a celebração da luta pelos direitos das mulheres, é um marco essencial para o reconhecimento e fortalecimento do feminismo — e, portanto, da luta por uma sociedade mais justa e igualitária.

O que muita gente não sabe, no entanto, é a história que originou a data e porque ela é celebrada neste dia. Para se ter ideia, o evento só foi oficializado em 1975, mais de 60 anos após sua criação, em uma assembleia da Organização das Nações Unidas (ONU). E diferente de outras datas comemorativas, esse foi um dos poucos dias que não foi criado pelo comércio.

A luta pela justiça para gênero feminino, apesar de ser oficializada no calendário mundial há menos de 50 anos, já existe há milhares de anos. Desde a Idade Média, com a caça às bruxas, e até antes desse marco, as mulheres lutam para terem seus direitos assegurados e reconhecidos. Ao longo dos séculos, alguns deles foram incluídos na sociedade, se tornaram leis — e até configuraram na Constituição.

O problema é que essas conquistas são, diante de anos de luta, relativamente novas. E é por isso que essa data de celebração é tão importante.

De onde surgiu o Dia das Mulheres?

A ideia de encontrar uma data para celebrar a luta feminista tem várias origens. Alguns pesquisadores defendem que a sugestão, no século 19, nas primeiras etapas da Revolução Industrial. Outros defendem que a data nasceu no estopim da Revolução Russa, em 1917, motivada pela luta das mulheres russas por melhores condições de vida, trabalho e o fim da Primeira Guerra Mundial.

De todas as teorias, a mais aceita é que a data nasceu após uma conferência na Dinamarca em busca de direitos igualitários, em 1910, e foi consolidada por um histórico incêndio na fábrica Triangle Shirtwaist Company, em Nova York, no ano de 1911. Em 1909, dois anos antes do incêndio, as mulheres nova-iorquinas  que trabalhavam na fábrica têxtil haviam feito uma greve, reivindicando melhores condições de trabalho e o voto feminino. Em conjunto com os nascentes sindicatos e com o Partido Socialista da América, elas se reuniram em uma passeata que reuniu cerca de 15 mil mulheres. A fábrica, na época, recusou as reivindicações.

fonte revista exame