Paraná e União caminham para acordo sobre novos pedágios

Paraná e União caminham para acordo sobre novos pedágios

Apesar da troca de farpas e divergências, o governo do Paraná caminha para um acordo com a gestão Lula sobre as novas concessões do pedágio no Estado. A tendência é que governos estadual e federal definam por consenso um modelo de licitação que permita descontos maiores na tarifa básica, reduzindo a exigência de aporte financeiro para a garantia de obras.

https://54747595d3ac063ae57d021a7322a8a8.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-40/html/container.htmlA proposta inicial defendida pelo governo do Paraná e elaborada na gestão Bolsonaro prevê o pagamento de aporte proporcional ao desconto. Pela nova proposta, o aporte só seria cobrado a partir de 13% de desconto da tarifa básica. Mas há deputados da bancada federal do Paraná que discutem a questão que defendem um porcentual ainda maior de descontos sem cobrança de aporte. O líder do PT, deputado Zeca Dirceu, defende que o desconto livre de aporte chegue a 25%.
A bancada se reuniu na semana passada com o ministro Renan Filho (MDB/AL) para tratar do assunto. “A modelagem pode levar em conta que o peso financeiro, o aporte financeiro das empresas não seja o principal critério para vencer uma licitação e sim a menor tarifa amarrada numa boa habilitação e num bom contrato para que de fato as empresas tenham que cumprir as obras”, explica o deputado.

Zeca Dirceu disse ainda que o ministro Renan Filho está “sensível” à proposta e que levará ainda mais algum tempo para sua definição. O deputado espera que os governos estadual e federal continuem dialogando e cheguem a um entendimento e um bom nível de cooperação. “O que está em jogo não é quem é contra, quem é a favor de pedágio ou de um item mais para cá, um item mais para lá. O que está em jogo que a gente tem que se posicionar é em relação ao interesse dos paranaenses”, defende.
Após o encontro com o ministro, a bancada federal do Paraná decidiu criar uma comissão para acompanhar o debate sobre o assunto. Segundo o coordenador da bancada, deputado Toninho Wandescheer, a discussão tem avançado para um consenso. “Não existe divergência. Algumas coisas podem ser alteradas para melhor. Um projeto como esse, que vai durar trinta anos, ele até o último instante tem que ser aperfeiçoado”, disse. FONTE BEM ÁRANA