Palmeiras busca virada histórica após levar 3 a 0 do Botafogo e coloca fogo na disputa pelo Brasileiro
Palmeiras busca virada histórica após levar 3 a 0 do Botafogo e coloca fogo na disputa pelo Brasileiro
Botafogo e Palmeiras fizeram um jogo digno de uma final de campeonato. O líder voa no primeiro tempo e faz 3 a 0 com autoridade. O vice-líder faz um segundo tempo impecável e, com show de Endrick, vira para 4 a 3 e reabre, definitivamente, a disputa do Campeonato Brasileiro– com direito a pênalti perdido por Tiquinho Soares.
O resultado diminui para três pontos a distância para o Botafogo e deixa os botafoguenses muito preocupados – 59 a 56, e o Botafogo tem um jogo a menos. E o combustível para o forte Palmeiras sonhar com o título nunca esteve em um nível tão alto.
Pelo Botafogo, Eduardo, Tchê Tchê e Junior Santos, fizeram no primeiro tempo. Endrick, o melhor em campo disparado, fez dois, e Flaco López e Murilo viraram para o Palmeiras, no segundo.
Palmeiras mostrou muita força com show de Endrick
Se tem algo que esse Palmeiras mostrou ao longo dos três anos de Abel Ferreira como técnico foi força. Inclusive para se recuperar dentro de um jogo dado como perdido, diante de um adversário que o atropelou.
O Palmeiras não viu a bola no primeiro tempo. Com o Botafogo jogando com precisão no espaço entre as suas duas linhas, o time de Abel Ferreira assistia a defesa alvinegra sempre achar alguém livre para puxar os contra-ataques.
Como na bola para Marçal, aos 20 minutos, que Ríos correu e não chegou para combater. Vitor Sá pisou e cruzou para trás. Eduardo chegou batendo da entrada da área, frontal. A bola desviou em Murilo e entrou no canto baixo esquerdo do Weverton.
Aos 29, a marcação do Palmeiras dormiu no escanteio, e Tchê Tchê recebeu sozinho na entrada da área, com tempo para ajeitar e bater no ângulo direito do Weverton e ampliar. E, aos 37, o Palmeiras parecia morto, depois de errar um lateral no ataque e ver o time da casa ampliar, com Junior Santos.
Pior do que estava, não dava, e o Palmeiras veio completamente diferente para o segundo tempo. Logo aos 4, Endrick fez um golaço: o camisa 9 recebeu na intermediária e foi carregando. Com ginga de corpo, se livrou de dois marcadores, acreditou e entrou na área com a bola. Acompanhado de perto por Cuesta, ainda conseguiu bater forte, mas na direção de Perri, que aceitou.
O Palmeiras melhorou no jogo e começou a ser perigoso, com uma formação estranha, que tinha Gustavo Gómez atuando como ala pela direita, mas que funcionava. O Botafogo parou de jogar. Aos 30, veio o que o Palmeiras precisava, com a expulsão de Adryelson após falta em Breno Lopes, que o VAR sinalizou. Parecia que tudo conspirava para o Palmeiras.
E de certo modo, isso se confirmou. Porque o Botafogo teve um pênalti a seu favor aos 37, que Weverton defendeu. E, aos 39, Endrick fez o segundo do Verdão, batendo da entrada da área. Aos 43, Endrick, da ponta direita do campo, olha para cima e faz o cruzamento na cabeça de Gustavo Gómez, que ajeita para Flaco López mandar para o fundo das redes. E Murilo, aos 54, virou para o Verdão após cruzamento de Veiga.
Botafogo derreteu na segunda etapa
O Botafogo deu a impressão de que daria a esperada resposta no jogo mais importante, até aqui, desta reta final do Campeonato Brasileiro. Depois de duas atuações abaixo do esperado contra Athletico-PR e Cuiabá, o time de Lúcio Flávio entrou em campo para encarar o Palmeiras como quem encarava, de fato, uma decisão.
Com a “escalação ideal”, contando com a volta de Victor Sá, que cumpriu suspensão na última rodada, o alvinegro teve uma mudança tática que fez toda a diferença para o andamento da partida. E acabou que o Palmeiras foi o time ideal para o Botafogo voltar a colocar em prática uma de suas principais marcas nesta campanha: as transições rápidas entre a defesa e o ataque.
Com Eduardo atuando uma pouco mais recuado, mas com liberdade para flutuar pelo meio e chegar na área, o Botafogo conseguiu impor o seu ritmo. E se aproveitou dos espaços deixados pelo Palmeiras, que tentava, sem eficiência, sair para o jogo, para criar oportunidades em contra-ataques. Foi assim que saiu o primeiro gol do time da casa. Aos 20′, após bom lançamento de Marçal, Victor Sá recebeu pela esquerda e tocou na entrada da área para Eduardo finalizar. A bola desviou na zaga e foi parar no fundo das redes, fazendo o Nilton Santos explodir. Antes disso, o Botafogo já havia mandado uma trave com Tchê Tchê e Tiquinho Soares também finalizou outra bola com perigo por cima do gol.
Pouco depois do gol, em nova jogada de velocidade pela esquerda, Marçal finalizou uma bola perto da trave esquerda de Weverton. Mas não demorou para o Botafogo ampliar e transformar a vitória em um massacre. Aos 30′, em jogada ensaiada com cobrança de escanteio curto, Tchê Tchê recebeu de Marçal e fez um golaço de fora da área. Dois minutos depois, em contra-ataque, Junior Santos parou em Weverton. Mas, aos 36′, em nova jogada rápida, Tiquinho Soares finalizou, Weverton espalmou e Junior Santos aproveitou o rebote para fazer 3 a 0.
Mas o segundo tempo foi um retrato do Brasileiro do Botafogo. O que poderia ser protocolar, para confirmar a vitória e os três pontos, virou um drama. Desatento, Lucas Perri errou uma saída de bola e Endrick marcou um golaço para descontar o placar. A partir daí, a velocidade que o Botafogo colocava no seu jogo virou afobação. Errando muitos passes e lançamento, o time entregava a bola para o Palmeiras poder atacar. E o que estava ruim ficou ainda pior após a exagerada expulsão de Adryelson, depois de revisão do lance da falta sobre Breno Lopes no VAR.
Enquanto as substituições de Lúcio Flavio pouco surtiram efeito e chamavam o time do Palmeiras para cima, Abel Ferreira aproveitava e mandava o ao ataque. E, quando o alvinegro teve a chance de mais uma vez tranquilizar a partida, Tiquinho Soares perdeu o pênalti que poderia praticamente decretar a vitória do Botafogo aos 37′. Praticamente no lance seguinte, veio o castigo. Primeiro, em espaço deixado na entrada da área para Endrick e, depois, na jogada área com Flaco López. No fim, no lance que deixou o Nilton Santos praticamente em silêncio, o time paulista conseguiu a vitória para deixar o Campeonato Brasileiro mais aberto do que nunca
Estatísticas
Posse de Bola
Botafogo 39% x 61% Palmeiras
Finalizações
Botafogo 18 x 15 Palmeiras
Finalizações certas
Botafogo 8 x 6 Palmeiras
Faltas cometidas
Botafogo 11 x 12 Palmeiras
FONTE :TRIVELA .COM BR