Romanelli aponta para abandono de rodovias federais no Paraná
Romanelli aponta para abandono de rodovias federais no Paraná
O deputado Luiz Claudio Romanelli (PSD) cobrou nesta sexta-feira, 11, mais agilidade do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) na manutenção das rodovias federais que cortam o Paraná, principalmente nos trechos que faziam parte do Anel de Integração e estavam sob os cuidados das concessionárias de pedágio.
“Estamos há praticamente um ano sem conservação das rodovias federais”, disse Romanelli. “O governo federal largou completamente as estradas e precisamos de uma solução”, afirmou ele em entrevista ao jornalista Marcos Brito da Rádio Graúna de Cornélio Procópio. Segundo o deputado, o Governo do Paraná está fazendo a sua parte, com investimento de R$ 200 milhões na conservação das estradas estaduais.
Romanelli reforçou que a obrigação da manutenção das BRs é do governo federal. “Talvez não possamos exigir uma solução para hoje, até porque o DNIT precisa de orçamento. Mas temos que cobrar resultados e responsabilidades do governo federal até que se decida como vai ficar o programa de concessão das rodovias do Paraná”, observou.
Concessão – Romanelli reafirmou a preocupação com a modelagem do programa de concessões proposto por órgãos federais e confirmou que a Frente Parlamentar sobre o Pedágio pediu a suspensão do processo atual, para que seja debatido com a equipe de transição do próximo governo. Ele informou que o Tribunal de Contas da União (TCU) liberou a licitação dos lotes 1 e 2, mas com uma série de alertas e ressalvas.
O deputado também voltou a defender a criação de uma empresa pública para administrar as rodovias que cortam o Paraná. Segundo ele, o Estado tem exemplos de companhias com boa gestão, como a Copel e a Sanepar, e poderia replicar o modelo no sistema logístico. “Defendo a ideia da criação de uma concessionária estadual, uma sociedade de economia mista para cuidar das estradas”, afirmou.
Romanelli disse que exploração de rodovias não pode ser vista pelo prisma do negócio. “Entendo que a melhor forma de gestão de uma política pública é a que resulta em melhor benefício para o povo”, acrescentou Romanelli. “Se for para ter pedágio, que seja com uma tarifa com preço baixo e com a garantia de investimentos e da realização de obras”, concluiu. fonte: VALDIR AMARAL/ALEP