Rastreabilidade e sustentabilidade no meio rural são temas de reunião do Cosud

Rastreabilidade e sustentabilidade no meio rural são temas de reunião do Cosud

A rastreabilidade dos produtos exportados pelo Brasil foi um dos temas discutidos pelo Grupo de Trabalho da Agricultura na 11.ª reunião do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud), que começou quinta-feira (8) e termina neste sábado em Vitória (ES). O Cosud foi criado em março de 2019 para fortalecer a cooperação entre os governos de ambas as regiões e assim impulsionar ações socioeconômicas e ambientais em prol do Brasil.

Além do Paraná, fazem parte do bloco São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Um dos Grupos de Trabalho trata especificamente da agricultura. “Estamos aqui discutindo temas relevantes do desenvolvimento socioeconômico de nossas regiões”, informou o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Natalino Avance de Souza.

Juntamente com o presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Otamir Cesar Martins, ele participa do evento e discutiu durante toda esta sexta-feira aspectos que envolvem a agropecuária. Além da rastreabilidade, foi aprofundada a conversa sobre sustentabilidade, que tem permeado quase todos os debates atuais.

“Esses dois temas são os principais dentro de uma pauta de interesse dos sete estados”, disse Natalino. Mas também se tratou de securitização, criação de fundo emergência para catástrofe, conectividade e endereçamento rural digital. “É uma agenda que interessa a todos e levantamos sugestões a serem apresentadas aos governos do Estado e federal”.

A forma como será feita a rastreabilidade é importante em razão da exigência, que começa a vigorar em 30 de dezembro deste ano, pela União Europeia, de receber apenas produtos que tenham sido acompanhados desde o início da produção, conforme estipulado pelo Regulamento para Produtos Livres de Desmatamento, da União Europeia.

A tendência é que outros países, entre eles China, Coreia do Sul e Japão, que são mercados importantes para o Paraná, passem a exigir a rastreabilidade individual e não mais em grupo. A estimativa é que a demanda internacional leve o mercado interno a exigir essa mesma rastreabilidade.

Por isso o Ministério da Agricultura e Pecuária montou um grupo de estudos que discutiu a questão desde maio. Agora os técnicos estão debruçados na tarefa de escrever a norma brasileira. Entre as propostas do grupo de trabalho estão os prazos de um ano para aprovação da plataforma de rastreabilidade, um ano para adequação e integração com os Órgãos Executores de Sanidade Agropecuária (Oesa), três anos para iniciar a identificação individual no manejo sanitário dos bovinos nascidos, um ano para o trânsito interno e entre os estados e um ano para os animais de abate .FONTE ADAPAR