PROTESTOS CONTRA A SOLTURA DE CASAL ACUSADO DE FEMINICÍDIO VÍDEO MOSTRA A MANIFESTAÇÃO EM JOAQUIM TAVORA

 

Vídeo mostra moradores em manifestação em Joaquim Távora

Pedem manutenção da prisão de casal acusado de feminicídio

Um grupo de cerca de 20 pessoas se manifestou na tarde deste domingo, dia 2, em frente à Delegacia de Polícia Civil e ao Fórum da Comarcar de Joaquim Távora. O grupo pede agilidade no julgamento do casal Juliana Barraqueiro, 32 anos e Adelmo Aniballe Cordasco do Prado, 27, acusados de matar e incendiar Luciane Rita, 30, em Guapirama, em julho do ano passado. Os dois devem deixar a prisão nesta segunda-feira, por decisão do juiz da Comarca de Joaquim Távora, Marco Antônio Venâncio de Melo, em atendimento ao pedido feito pela defesa de Juliana e que, por tabela, também acabou beneficiando Adelmo, assassino confesso da jovem de Quatiguá.
A mãe e o irmão da jovem assassinada também compunham o grupo de manifestantes. Clarice Rita e Paulinho Musgão, que trabalha em uma rádio comunitária em Quatiguá receberam apoio da população local, que está revoltada com o assassinato, e mais ainda, com a decisão de soltura dos dois acusados do crime de feminicídio.
Dona Clarice permaneceu calada, porém inquieta, a maior parte do tempo. Já o irmão da jovem assassinada não conseguiu segurar a emoção e gritou para o professor de capoeira acusado de assassinado e que ocupa uma das celas da cadeia de Joaquim Távora. Por várias vezes, ele tentou conscientizar o ex-cunhado, lembrando de como era o relacionamento da irmã com a família e os filhos. “Ela se dedicou à família, trabalhava dia e noite para sustentar os filhos. Você consegue dormir à noite, tem comida”, disse, em tom de revolta, para Adelmo, que estava do lado de dentro da cadeia.
Amigos da vítima criaram uma página no facebook, onde postam vídeos e manifestações de apoio à família. A página “Justiça por Luciane” ganha apoio de inúmeros internautas a cada dia. O grupo também gritava “Luciane não morreu. Ela foi assassinada” durante a manifestação, além de xingar professor de capoeira de “assassino e covarde”. Já à acusada Juliana Barraqueiro, conhecida como Juju, eles a chamaram de “cumplice e vagabunda”. A Polícia Militar acompanhou o ato, mas não interferiu na manifestação.
Juliana e Adelmo devem deixa a cadeia nesta segunda-feira, beneficiados por uma decisão do juiz titular da Comarca de Joaquim Távora, Marco Antônio Venâncio de Melo, acatando pedido do advogado de defesa de Juliana, que alegou que o Ministério Público Estadual promoveu ações com o intuito de protelar o julgamento da acusada. O advogado da acusada é Carlos Henrique Rodrigues Pinto, que atua em conjunto com Melissa Félix Lourenço.

FONTE: NP Diário   texto Valdir Amaral /fotos e vídeo NP Diário