Projeto de Lei proíbe utilização de veículos de tração animal em Cornélio Procópio
Projeto de Lei proíbe utilização de veículos de tração animal em Cornélio Procópio
O vereador Luiz Alberto Dib Canônico (PROS) quer colocar um ponto final na exploração de animais puxando veículos (carroças) no Município de Cornélio Procópio. Projeto de Lei de sua autoria que determina a redução gradativa de veículos movidos à tração animal na área urbana do município será votado nesta terça-feira (27) pela Câmara de Vereadores.
Segundo o vereador, a área urbana ampliou a circulação de veículos automotores e Carroças e Charretes disputam um espaço perigoso nas ruas e avenidas da cidade. O projeto também proíbe a exploração animal neste trabalho e sugere a utilização de veículos movidos a combustíveis, eletricidade ou o “Cavalo de Lata”, utilizado em dezenas de municípios.
“Algumas cidades brasileiras já começaram a adotar essas alternativas em lugar das carroças, que são utilizadas há séculos. Infelizmente, apesar dos avanços, animais continuam sendo explorados para o uso da tração. As legislações existentes são ineficazes para dar proteção aos animais explorados para esse fim, porque não há fiscalização efetiva que atue nesse tipo de caso”, explica Luiz Alberto Dib Canônico.
Apresentado na sessão da última semana, o projeto sofreu duas alterações e, de acordo com ele, atinge apenas a zona urbana do município e terá prazo de 1 ou 2 anos para ser efetivamente aplicado. Disse que recebeu muitas reclamações de comerciantes e empresários sobre o mau cheiro das carroças e dos cavalos que circulam na cidade.
“Muitos cuidam bem dos animais, porém há aqueles que exploram os exploram até a exaustão, abusando do peso, de distâncias percorridas, sob circunstâncias de tempo e clima mesmo que desfavoráveis, sem manutenção básica necessária, como o de alimento, água e assistência veterinária”, apontou o vereador
Outros inconvenientes são os dejetos produzidos pelos animais “Eles defecam nas ruas, deixando sujeira e fetidez na frente de comércio, bares, padarias e restaurantes, o que incomoda a sua clientela”, justificou. Disse também que fez um levantamento e apurou que a cidade tem atualmente em torno de 300 animais que são utilizados para tração.
“Esses animais não possuem locais apropriados para alojamento e alimentação. Recentemente, houve até o resgate por uma Ong local de um cavalo em situação de maus tratos e teve que ser sacrificado. Outro caso foi um acidente na PR 160, vitimando uma senhora de idade. O município está crescendo e se desenvolvendo. Não podemos permitir situações semelhantes demonstrando atraso urbano”, concluiu Canônico.
FONTE : ATAIDE CUQUI