K2, K4, K9: drogas sintéticas saem das sombras, tomam as ruas de São Paulo, e governos resolvem falar: ‘Pessoas estão sumindo’
K2, K4, K9: drogas sintéticas saem das sombras, tomam as ruas de São Paulo, e governos resolvem falar: ‘Pessoas estão sumindo’
Crianças dormem profundamente nos arredores de uma estação de trem. No chão, dezenas de pipetas vazias. Uma das crianças acorda de súbito, agitada. Parece que não sabe o que aconteceu. Lambe o fundo de uma pipeta no chão. Sai e volta com uma nova dose. Na mesma posição que inala a droga da pipeta, apaga e fica. Ali, numa estação de trem na Zona Leste, chamam de K9. A presença das drogas K – conhecidas como K2, K4, K9 e spice – não é mais uma cena restrita ao Centro de São Paulo.
As chamadas drogas K surgiram em laboratórios no início dos anos 2000, têm como base os canabinoides sintéticos, mas o termo maconha sintética é errado. A explicação é complexa, mas em suma quer dizer que o canabinoide feito em laboratório se liga ao mesmo receptor do cérebro que a maconha comum, mas em uma potência até 100 vezes maior. O governo de São Paulo diz que os efeitos da droga podem ser piores do que o crack. FONTE G1