Funcionários de resort são alvos de operação que investiga irregularidades envolvendo policiais, em Cornélio Procópio
Funcionários de um resort de Cornélio Procópio, na região norte do Paraná, são alvos de uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Paraná (MP-PR), deflagrada nesta quarta-feira (10).
A ação é um desdobramento da Operação Cachoeira, que prendeu policiais ambientais suspeitos de receber propina para realizar segurança de propriedades rurais, em julho de 2020.
De acordo com o MP-PR, nesta quarta-feira, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão em residências de funcionários de um resort.
O Gaeco informou que apura se os policiais militares receberam cortesias e hospedagens em um resort de luxo em troca das irregularidades investigadas na operação.
Celulares e objetos foram apreendidos, durante a operação, além de uma arma de fogo irregular, segundo o MP-PR. O responsável pela arma foi preso em flagrante.
O G1 entrou em contato com o Comando da Polícia Militar do Paraná e aguarda retorno.
Denúncia
Segundo a denúncia, os fazendeiros pagavam propina aos policiais ambientais para que eles administrassem a segurança nas propriedades particulares.
Conforme o Ministério Público, os policiais prestavam o serviço utilizando carros, fardamento e outros materiais da Polícia Militar Ambiental, durante o horário de serviço oficial.
Os promotores afirmam que os fazendeiros pagaram a construção de um posto de fiscalização ambiental, na PR-218, com o objetivo de assegurar o serviço de segurança ilegal nas propriedades rurais.
O MP aponta que, para receber o tratamento privilegiado de segurança, os fazendeiros faziam pagamentos mensais. O esquema ilegal, conforme os promotores, funcionou entre 2008 e outubro de 2019.
Ainda de acordo com o MP-PR, os policiais não estavam fiscalizando a caça de animais silvestres dentro de uma das fazendas e teriam, inclusive, participado de ações de caça ilegal.
- FONTE: G1 PR