Endrick fecha sequência dos sonhos e leva Palmeiras à 5ª final consecutiva do Paulista
Endrick fecha sequência dos sonhos e leva Palmeiras à 5ª final consecutiva do Paulista
Não foi fácil. Assim como na estreia alviverde no Campeonato Paulista, o Novorizontino deu muito trabalho ao Palmeiras no Allianz Parque. Mas, desta vez, não teve erro da defesa no fim do jogo. E o Palmeiras está na final do Estadual pelo quinto ano consecutivo.
Cada gol de Endrick evoca um sentimento dúbio no palmeirense. Pois, ao mesmo tempo que alegra, cada bola na rede já causa uma saudade antecipada pela partida do jogador, em julho. Foi dele, aos 7 minutos do 2º tempo, o gol que resolveu um jogo complicado para o Alviverde: 1 a 0.
Palmeiras não começou bem
O Palmeiras foi mal no 1º tempo. Errando muitos passes, o time permitiu ao menos cinco contra-ataques perigosos do Novorizontino.
Concentrando o jogo muito pela esquerda, o Palmeiras parava nos erros de passe de Piquerez, Zé Rafael e até de Murilo, sempre que o beque subia para o apoio.
Na direita, Endrick pouco pegava na bola. Quando conseguia, levava perigo. Fosse arrancando, fosse buscando uma tabela.
Para não dizer que nenhum jogador do Palmeiras foi bem na etapa inicial, é inevitável fazer a gracinha: Rômulo, que se junta ao Verdão com o fim da participação do Tigre no Estadual, azucrinou os futuros companheiros.
Foram quatro chutes do futuro palmeirense na primeira etapa. O mais perigoso, aos 17, saiu por cima, depois de um contra-ataque que o deixou sozinho na meia-lua.
Um acerto, e tudo muda
Demorou 7 minutos para o Palmeiras mudar completamente o jogo.
Bastou um acerto: Mayke desceu pela direita e cruzou no segundo pau, na direção de Flaco. O argentino subiu muito e, de cabeça, ajeitou para Endrick.
Na pequena área, cercado por dois, Endrick já dominou ajeitando e tirando o marcador. Depois, bateu com simplicidade, no canto do goleiro mesmo, mas sem chance de defesa.
Era o que precisava. Não que o Palmeiras tenha criado muito mais, mas o Novorizontino já não conseguia transformar os ataques errados do Palmeiras em contra-ataques seus.
Com moral, Endrick passou a chamar o jogo. Nem parecia que o camisa 9 tinha jogado e feito gols em Wembley e no Santiago Bernabéu nos últimos dez dias.
Aos 30, porém, após um contra-ataque em que Flaco esticou uma bola para ele na esquerda, Endrick cansou – e deixou o campo mancando.
Dali em diante, o Palmeiras soube administrar a partida e ainda levar perigo. Richard Ríos, Gabriel Menino e Rony, que entraram em campo no quarto final do jogo, conseguiram chegar com perigo. Aos 35, por exemplo, o camisa 10 cabeceou sozinho, mas fraco.
É inevitável imaginar que Endrick dominaria a bola e concluiria com mais qualidade que Rony. Talvez, seja mesmo esse, um bom exercício: imaginar mais lances de Endrick pelo clube, multiplicá-los. Já que, a cada jogo, fica mais perto a hora dizer adeus ao melhor atacante revelado pelo Palmeiras nos últimos 30 anos, pelo menos.FONTE TRIVELA