EM NOVEMBRO COMEÇA A CAMPANHA  DE  ATUALIZAÇÃO  DO  REBANHO

 

 

EM NOVEMBRO COMEÇA A CAMPANHA  DE  ATUALIZAÇÃO  DO  REBANHO

 

 

 

 

O pecuarista paranaense precisa prestar informações duas vezes por ano, de forma online, pelo site da Agência de Defesa Agropecuária (Adapar) , ou presencialmente em unidades físicas da Adapar ou instituições autorizadas.

A obrigatoriedade de atualização do rebanho vale não só para produtores de bovinos e bubalinos, como também de caprinos, ovinos, suínos, equinos, muares, aves e peixes. A primeira campanha ocorre já neste ano, entre 1º a 30 de novembro. Neste período os pecuaristas do Paraná devem informar os dados à Adapar.

“Esperamos a colaboração de todos os produtores, médicos veterinários, indústrias e a iniciativa privada neste processo, porque vamos continuar tendo campanhas de atualização do rebanho duas vezes por ano e precisamos que os produtores mantenham seus cadastros atualizados. E diante de qualquer suspeita da doença, o produtor deve notificar a Adapar para que a gente possa iniciar uma investigação”, ressalta o gerente de saúde animal da Adapar, Rafael Gonçalves Dias.

Contagem regressiva para o fechamento das fronteiras

A IN também fixou data para que o Paraná feche suas fronteiras sanitárias: a partir de 1º de janeiro de 2020. Na prática, isso significa que a o governo do Paraná terá que editar normas que controlem e restrinjam a entrada de animais vacinados contra a febre aftosa. Com isso, bovinos e bubalinos para cria, recria e engorda que provenham de outros Estados que imunizam seu rebanho contra a doença ficarão proibidos de entrar no Paraná.

Para abate imediato, a nova norma permite o transporte de bovinos e bubalinos provenientes de Estados que praticam vacinação, desde que a carga esteja lacrada. Não há restrições em relação ao transporte de produto animal de outras unidades da Federação.

A partir do fim da vacinação e do fechamento da fronteira, o Paraná passa a ficar isolado sanitariamente do restante do país, no que diz respeito à febre aftosa. Com isso, em maio de 2020 – quando a última aplicação de vacinas contra a febre aftosa no Estado terá completado um ano –, o Mapa deve fazer um inquérito sorológico no rebanho paranaense, a fim de constatar que não há circulação viral no território.

Com essa confirmação laboratorial, então, o Ministério poderá pedir à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) que reconheça o Paraná como área livre de aftosa sem vacinação. Com os parâmetros técnicos dentro das exigências internacionais, a conquista do novo status sanitário deve ser oficializada em assembleia-geral da OIE, realizada em maio de 2021.

“É um momento de transição histórico, em que se inicia uma fase, uma fase de mudança de conceito, em que a vacinação é substituída por outras ferramentas de vigilância e de controle da febre aftosa”, disse o gerente de saúde animal da Adapar, Rafael Gonçalves Dias.

Fiscalização

Para garantir que bovinos e bubalinos de Estados que vacinam o rebanho não cheguem ao território paranaense, o Paraná consolidou uma barreira sanitária, que conta com 33 Postos de Fiscalização de Transporte Animal (PFTA) e cinco postos federais. O último ponto desta rede, o PFTA de Campina Grande do Sul, Região Metropolitana de Curitiba, na BR116, que deve ser concluída até o fim de novembro.

Todos os caminhões que transportem animais e que venham de outros Estados deverão, necessariamente, passar por um desses postos. Na abordagem, a carga será vistoriada e conferida, de acordo com os registros. Nos postos estaduais, a fiscalização será feita pela Agência de Defesa Agropecuária (Adapar). As polícias rodoviárias Federal (PRF) e Estadual (PRE) também estão autorizadas a parar veículos que transportem cargas animais em estradas do Paraná, cobrando que os motoristas comprovem que passaram por um PFTA.

Dados da Adapar e da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab) apontam que o volume de bovinos transportados para o Paraná, advindos de outros Estados, é ínfimo em relação ao tamanho do rebanho estadual. Nos últimos três anos, a média de transporte foi de 100 mil cabeças, o que corresponde a 1,08% do total de bovinos registrados no Paraná. No mesmo período, os pecuaristas paranaenses enviaram para outras unidades da federação uma média anual de 40 mil cabeças – 0,45% do rebanho oficial.

O levantamento revela que das mais de 179,1 mil propriedades que alojam bovinos, apenas 746 (0,45%) recebem animais de outros Estados. O estudo demonstra, ainda, que “50% das movimentações relacionadas a ingressos de bovinos se concentram em apenas 30 produtores rurais, tornando mais evidente a afirmação de que o maior volume de animais que entra no Estado pertence a um pequeno número de produtores rurais”. O documento conclui que “a maioria dos produtores não será afetada com a retirada da vacina”.

Outras determinações

A IN do Ministério da Agricultura também impõe algumas restrições à entrada de suínos, ovinos e caprinos em território paranaense. Essas espécies não são vacinadas contra a febre aftosa, mas são suscetíveis à doença. Para cria, recria e engorda, esses animais terão entrada permitida, desde que haja autorização prévia da Adapar e do Mapa. Além disso, o lote precisa passar por um período de quarentena na origem e por alguns exames.

Caminhões que transportam suínos, ovinos e caprinos de outros Estados e destinados ao abate imediato poderão transitar sem autorização prévia. Além disso, a nova norma fixa a obrigatoriedade de atualização de todo o rebanho duas vezes por ano (maio e em novembro) no sistema online ou na forma presencial.

FONTE ADAPAR