Dr. Jairinho e a mãe de Henry passam a 1ª noite presos em cadeias separadas; eles ficarão 14 dias em quarentena
Isolamento social é procedimento padrão devido à pandemia. Casal foi preso na quinta (8) por indícios de homicídio duplamente qualificado, com emprego de tortura e sem chance de defesa para a vítima. Eles negam o crime.
Presos e levados para diferentes penitenciárias do Rio de Janeiro, o vereador Dr. Jairinho (sem partido) e Monique Medeiros, mãe do menino Henry Borel, de 4 anos, vão ficar isolados por 14 dias antes de passarem a celas com outros internos.
Conforme explicação da Secretaria de Administração Penitenciária, o procedimento é de praxe para todos os presos e tem como objetivo evitar a disseminação da Covid-19 dentro dos presídios.
Monique foi levada ao Instituto Penal Ismael Sirieiro, em Niterói, na Região Metropolitana, e o vereador foi conduzido ao presídio Pedrolino Werling de Oliveira, no Complexo de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste da cidade, onde passaram a primeira noite presos.
Também por conta da pandemia, nenhum dos dois poderá receber visitas, exceto os advogados e em salas específicas.
O casal foi preso na quinta-feira (8) porque, segundo a polícia, estaria tentando atrapalhar as investigações sobre a morte de Henry. Além disso, ambos são suspeitos por homicídio duplamente qualificado – com emprego de tortura e sem chance de defesa para a vítima. Eles negam o crime e dizem que não há nada a ser escondido.
Antes de serem levados para os presídios, o casal fez, na tarde de quinta, a triagem na Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, na Zona Norte – a “porta de entrada” no sistema prisional.
O casal foi encontrado no início da manhã, também na quinta, na casa de uma tia de Doutor Jairinho, em Bangu. Depois, o casal prestou depoimento na 16ª DP (Barra da Tijuca), que investiga o caso, fez exame de corpo de delito e foi encaminhado para a prisão.
Por mensagens, babá narrou em tempo real à mãe de Henry tortura do menino por Dr. Jairinho: ‘Deu uma banda e chutou ele’
Segundo relatou a babá, o menino e o padrasto ficaram trancados por alguns minutos em um cômodo com o som da TV alto. Depois que saiu do quarto, a criança mostrou hematomas, contou que levou uma banda (uma rasteira) e chutes e reclamou de dores no joelho e na cabeça.
Na conversa com a babá, a mãe de Henry, que não estava em casa, demonstrou estranheza com a presença de Jairinho no apartamento naquele horário.
Na representação ao Ministério Público estadual, a polícia indica estar diante de um homicídio duplamente qualificado por tortura e por emprego de recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Jairinho e Monique foram presos temporariamente nesta quinta-feira (8) por serem suspeitos do assassinato de Henry e por tentar atrapalhar as investigações.
O delegado Henrique Damasceno considera que os prints são uma prova relevante na investigação.
Troca de mensagens entre Monique Almeida e Thaina Ferreira, babá de Henry — Foto: Reprodução
FONTE: G1