Comerciantes promovem ato ecumênico e pedem reconsideração de decreto estadual
Comércio quer mais flexibilidade em ato governamental e Polícia Militar vai fiscalizar o cumprimento da lei
Cornélio Procópio fez novo apelo ao governador Ratinho Júnior para que reveja o decreto estadual assinado por ele que estabelece medidas restritivas no funcionamento do comércio do município e da região. Desta vez, foi através de ato simbólico, realizado na manhã desta segunda-feira (6), na frente da prefeitura.
Um culto ecumênico, com participação de comerciantes, comerciários e diretores da Associação Comercial e Industrial (Acecp) e Sindicato do Comércio Varejista, antecipou a abertura do comércio. Foi mais um esforço no sentido de sensibilizar as autoridades sanitárias do Estado para que reconsiderem o decreto sobre o fechamento do comércio considerado como não essencial na área da 18ª Regional de Saúde.
“É muito louvável, pois é um momento em que todo mundo está fazendo uma releitura sobre tudo o que está acontecendo. É no mesmo sentido em que estamos trabalhando para tentar provar para a Secretaria de Estado da Saúde (SESA) que as informações utilizadas para isso já estavam ultrapassadas. Hoje, a realidade, principalmente do nosso município, é muito diferente daquela que é apontada pelo governo”, disse a vice-prefeita e vice-presidente da Defesa Civil local, Angélica Olchaneski, que também participou do ato público.
Apontou que atualmente no município existem 263 casos positivos com a Covid-19; 219 curados; 15 óbitos e 29, em tratamento, o que, segundo ela, coloca o município em uma condição estável. “Hoje, a realidade aqui é totalmente diferente daquela apontada pela secretaria com apenas 29 pessoas em tratamento, o que demonstra que já estamos em retrocesso, inclusive na questão da contaminação”, afirmou.
Segundo a dirigente, após as medidas tomadas, o município conseguiu retomar o controle da situação. “Agora, já podemos observar que a questão da transmissibilidade tem diminuído cada vez mais. Isto é uma condição positiva para que a Secretaria de Estado faça uma releitura não só em nosso município, mas nos os outros da região também”, explicou.
Enquanto isso, a Polícia Militar informou que vai fazer o que foi determinado, isto é, informar e pedir o cumprimento da lei. “Nosso pessoal vai estar nas ruas fiscalizando e orientando conforme o decreto do governador, emitido no último dia 30. Vamos seguir com o que já estávamos fazendo desde a última quinta-feira”, informou o comandante do 18º Batalhão de Polícia Militar, tenente-coronel, Wellington Nunes Moreira.
Fotos: Altair de Oliveira/Texto: Jornalista Ataide Cuqui