Chega do Abel apitar jogo no Paulistão’: presidente resume a revolta do São Paulo com arbitragem após empate com Palmeiras

Chega do Abel apitar jogo no Paulistão’: presidente resume a revolta do São Paulo com arbitragem após empate com Palmeiras

Minutos após o empate em 1 a 1 do São Paulo com o Palmeiras, neste domingo (10), pelo Campeonato Paulista, o presidente Julio Casares foi direto à zona mista do MorumBIS expressar toda a revolta do clube com a arbitragem de Matheus Delgado Candançan no Choque-Rei. Em um discurso inconformado, o dirigente subiu o tom e disse com todas as letas: “Chega do Abel apitar jogo no Paulistão”.

A revolta são-paulina no clássico tem a ver com três lances decisivos na partida. Casares esbravejou porque o VAR não pediu revisão de uma entrada de Richard Ríos em Pablo Maia no lance do gol marcado por Alisson – o São Paulo reclama a expulsão do colombiano. Além disso, o clube contesta a marcação do pênalti de Rafael em Murilo após consulta ao monitor e a não marcação de um pênalti de Piquerez em Luciano, também após revisão.

–  Eu não queria estar de novo aqui para falar de arbitragem e VAR. Hoje é um conjunto desastroso. Já teve um pênalti marcado para o Santos que a Edina não tinha dado. Depois teve a expulsão do Arboleda contra o Bragantino. Hoje foi um absurdo, a FPF não pode atuar dessa forma, eu vi agora o auxiliar do árbitro xingando o Calleri, vi o auxiliar do Abel rindo e ironizando, chega do Abel apitar jogo no Paulistão! Ou a FPF tem força ou a gente vai repudiar em todas as instâncias. Hoje foi uma vergonha o que vimos no Morumbi. Primeiro um pênalti absurdo e depois o arbitro foi ao VAR no pênalti do Luciano e se acovardou. Olha, a agressão ao Pablo, que quase arrebenta o moleque era para vermelho direto, ele deu amarelo, mas e o VAR? Se omitiu – esbravejou o presidente.

O mandatário convocou a imprensa para fazer um pronunciamento na zona mista do estádio. O presidente classificou a arbitragem de Edina Alves de “insegura” e “desproporcional”. Mas a sua principal crítica foi direcionada a uma nota emitida pelo Santos nas vésperas do clássico. O adversário se posicionou contra a escolha da arbitragem para o clássico.

Nas palavras de Casares, esse tipo de atitude “remete ao futebol antigo”. Ainda durante o pronunciamento, o mandatário criticou o posicionamento da árbitra em um lance com Pablo Maia na primeira etapa. Mas ele evitou reclamar das decisões da arbitragem em lances revistos pelo VAR – apesar de achar “rigorosa” a decisão de assinalar pênalti de Welington em Otero.

Além da penalidade que originou o gol da vitória do Santos, marcado por Morales, Edina foi ao monitor da beira do campo em mais um lance capital. Ela anulou o que seria o gol de empate do São Paulo, por um toque no braço de Erick na finalização.

Confira a íntegra do pronunciamento de Casares:

“A arbitragem hoje se mostrou insegura, picotou o jogo. Desproporcionalmente marcou faltas a favor do adversário em relação ao São Paulo. Eu não vou discutir os lanços capitais, o VAR chamou, para mim o pênalti foi rigoroso demais, mas a arbitragem, inclusive, prejudicou mal posicionada, até porque tinha um lance com o Pablo de frente para o gol, e a arbitragem posicionou errado.

Então a gente lamenta, acho que uma nota antes do jogo remete ao futebol antigo, que a federação precisa preparar os árbitros psicologicamente. Não é uma nota, se isso vira moda, todos os clubes fazem nota, coloca nota na imprensa e desestabiliza um árbitro. Eu acho profundamente lamentável a atuação de hoje. Até dez minutos foi pouco, não teve jogo, a bola parava toda hora e nós lamentamos. Então não é o hábito, não é um choro pelo resultado, não é pelo resultado da partida, mas nós temos que preparar os árbitros para que eles psicologicamente. Entrem em campo sem influência de uma nota. Essa questão de nota antes do jogo é uma coisa antiga do futebol, mas eu vim aqui com serenidade dizer que nós lamentamos profundamente a arbitragem de hoje. Ela não deixou a bola rolar”. FONTE TRIVELA.COM.BR