Brasil terá que ser Brasil para superar o faltoso estilo de jogo da Colômbia em Barranquilla

Destaque no Real Madrid, Vini Jr é peça chave para que o Brasil supera as faltas e vença a Colômbia em Barranquilha nesta quinta-feira (16)

Brasil terá que ser Brasil para superar o faltoso estilo de jogo da Colômbia em Barranquilla

Cheia de desfalques por conta de lesões, a Seleção Brasileira visita a Colômbia, às 21 horas (horário de Brasília), desta quinta-feira (16), no estádio Metropolitano de Barranquilha, na Colômbia, pela 5ª rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo. E para voltar a vencer depois dos tropeços na última data Fifa, contra Venezuela e Uruguai, o Brasil terá que superar o duro jogo de contato imposto pela atual seleção colombiana. Comandados pelo técnico argentino Néstor Lorenzo, os Cafeteros são o segundo time mais faltoso do continente na busca por uma vaga no Mundial de 2026.

Para essa partida, o Brasil não poderá contar com o goleiro Ederson, o lateral-direito Danilo, o meio-campista Casemiro e os atacantes Neymar e Gabriel Jesus, que se recuperam de lesões. Diante dessa lista de desfalques, tudo que o técnico Fernando Diniz deseja é sair de Barranquilha com a vitória e sem novas baixas médicas para o confronto de terça-feira (21), às 21h30 (horário de Brasília), contra a Argentina, no Maracanã. Contra os argentinos, Gabriel Jesus pode ser a novidade do Brasil.

Colômbia tem 67 faltas em quatro jogos

Ao longo desta quatro primeiras rodadas das Eliminatórias Sul-Americanas, a Colômbia cometeu, ao todo, 67 faltas. O próximo adversário de Rodrygo, Vini Jr e Cia, só não recorreu mais vezes ao antijogo do que o Peru, que acumula uma falta a mais. A título de comparação, a Seleção Brasileira chega para a partida em Barranquilha com 48 faltas cometidas em quatro jogos. São 19 faltas a menos.

Nesse início de disputa para a Copa do Mundo de 2026, a Colômbia enfrentou Venezuela, Chile, Uruguai e Equador. Só diante dos venezuelanos que o time de Néstor Lorenzo não cometeu mais faltas do que os adversários.

Faltas por partidas da Colômbia nas Eliminatórias

  • Colômbia 13 x 19 Venezuela
  • Chile 13 x 20 Colômbia
  • Colômbia 17 x 10 Uruguai
  • Equador 14 x 17 Colômbia

São 15,2 faltas por partida. Esse número supera a média das Eliminatórias, que é de 12,8 por partida. Essa proposta de jogo já rendeu 10 cartões amarelos e um vermelho para os colombianos.

Brasil está preparado para o jogo duro

Em entrevista coletiva antes do embarque da Seleção Brasileira, na tarde desta quarta-feira, o goleiro Alisson, provável capitão contra a Colômbia, demonstrou conhecimento sobre essa proposta de jogo do adversário e afirmou que os jogadores do Brasil têm características para superar essa dificuldade.

– Esses fatores podem ou não influenciar o nosso jogo. Depende de como vamos entrar em campo e como nos preparamos para essa partida. Vai depender muito do nosso estilo de jogo. Estamos passando por uma adaptação e o nosso foco é jogar bem. Corresponder ao nosso estilo de jogo e conseguir o resultado. Nós sabemos que existe um caminho para chegar no resultado e vamos encarar esse jogo com as dificuldades que teremos. Estamos cientes da imposição física dos jogadores da Colômbia, principalmente os de defesa, mas os nossos jogadores têm características de encarar essa situação – falou o goleiro.

Endrick pode ser arma para superar o jogo físico

Apesar de ser o caçula da Seleção Brasileira, o jovem Endrick pode ser uma arma do técnico Fernando Diniz para superar esse jogo faltoso da Colômbia. Dono de um porte físico privilegiado mesmo aos 17 anos, técnica e muita velocidade, o atacante do Palmeiras é uma opção do Brasil para o decorrer do segundo tempo.

– O Endrick pode, no futuro, ser um jogador lendário do futebol brasileiro. Mas não podemos pressioná-lo. Ele precisa estar leve para isso. Não pode se sentir sobrecarregado. Ele tem que estar tranquilo. É muito difícil jogar em um time grande com 17 anos e o quero que ele seja apenas um garoto que gosta de jogar futebol – comentou Diniz sobre o garoto.

Diniz diz que estudou bem a Colômbia

Responsável por preparar o time, o técnico Fernando Diniz sabe que para sair de Barranquilha com a vitória também será necessário superar a qualidade da equipe colombiana. Por isso, apostou em um time leve, rápido e com grande capacidade de drible nos pés de Rodrygo, Vini Jr, Gabriel Martinelli e Raphinha.

– A Colômbia é um time que nos últimos 20, 30 anos teve uma projeção muito grande no cenário mundial e sul-americano. É uma seleção muito bem treinada e tem jogado muito bem. Jogar em Barranquilha é difícil, é uma cidade de muito calor, a pressão no estádio será muito forte, mas estudamos muito bem a Colômbia e o time está muito preparado. Os jogadores estão entendendo bem o que queremos. Essa foi a minha terceira convocação e isso já está ajudando no entendimento do que pensamos. Junto com isso, as relações humanas vão ficando mais fáceis – falou o treinador.

Qual será a escalação do Brasil contra a Colômbia?

Conforme o treinamento da última terça-feira (14), na Granja Comary, em Teresópolis, a Seleção Brasileira irá a campo com: Alisson, Emerson Royal, Marquinhos, Gabriel Magalhães e Renan Lodi; André e Bruno Guimarães; Raphinha, Rodrygo, Vini Jr e Gabriel Martinelli.

O Brasil ocupa a terceira colocação na tabela das Eliminatórias, com sete pontos após quatro partidas. Com seis pontos, a Colômbia aparece na 6ª posição. Lembrando que são seis vagas diretas em disputa para a Copa do Mundo de 2026, além de mais uma vaga para repescagem.