Adapar reforça prevenção contra pragas com capacitação de servidores em inspeção de colheitadeiras

Adapar reforça prevenção contra pragas com capacitação de servidores em inspeção de colheitadeiras

Treinamento busca reforçar medidas previstas na Portaria 129/2024 da Adapar que estabelece procedimentos para a entrada de máquinas, implementos agrícolas e seus veículos transportadores no Estado


Com o objetivo de fortalecer as medidas de prevenção contra Amarathus palmeri no Estado do Paraná, a Agência de Defesa Agropecuária promove uma capacitação para seus servidores de inspeção de colheitadeiras. O treinamento está sendo ministrado pelo Sistema FAEP/Senar-PR e teve início na última segunda-feira (24), com previsão de término para o dia 12 de julho. As atividades ocorrem no Centro de Treinamento Agropecuário (CTA) da Faep/Senar-PR em Assis Chateaubriand, na região oeste do Estado.

O treinamento está dividido em quatro turmas, e cada uma delas é composta por cerca de 15 participantes, totalizando 60 servidores. O Chefe do Departamento de Sanidade Vegetal (DESV), Renato Rezende Young Blood, reafirma a importância da capacitação para a defesa agropecuária paranaense: “Ressaltamos a importância desta capacitação para a aplicação da Portaria Adapar nº 129/2024 pelos servidores, como parte das ações visando mitigar o risco de introdução de Amarathus palmeri no Paraná. ” O chefe do DESV da Adapar também enfatiza que a detecção da praga no Estado do Mato Grosso do Sul, aliada à ausência de registros no Paraná, ratifica a necessidade de aprimorar as ações preventivas.

AMARANTHUS – A planta daninha Amaranthus palmeri está presente no Brasil desde 2015, mas ainda não foi registrada no Paraná. Relatos indicam que uma única planta pode produzir de 100 mil a 1 milhão de sementes. Um controle inadequado pode até inviabilizar a colheita, aumentando o uso de herbicidas e os custos de produção, com potencial para causar grandes prejuízos à agricultura paranaense. Renato aponta: “A Amaranthus palmeri está entre as pragas consideradas de maior risco fitossanitário para o país, conforme hierarquização estabelecida no documento do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) ”.

A disseminação de plantas daninhas resistentes a herbicidas no Brasil ocorre principalmente pelo trânsito de máquinas e implementos agrícolas com solo aderido ou resíduos vegetais. O risco da introdução de Amaranthus palmeri no Paraná pode ser, dentre um deles, através do transporte de sementes em colheitadeiras e implementos agrícolas.

PLANO DE AÇÃO – O Departamento de Sanidade Vegetal da Adapar trabalha com um plano de ação desde fevereiro do ano passado, quando houve a detecção da planta daninha em algumas propriedades no Mato Grosso do Sul. Este plano é fundamental para aumentar a proteção da agricultura paranaense e contribuir para a prevenção não só de Amaranthus palmeri, mas também de outras espécies de plantas daninhas resistentes, fungos, vírus, bactérias e nematoides.

PORTARIA – A Portaria nº 129/24 estabelece procedimentos para a entrada de máquinas, implementos agrícolas e seus veículos transportadores no Paraná. Segundo a normativa, a entrada só é permitida se todos os componentes estiverem livres de solo e resíduos vegetais, tanto interna quanto externamente.

A Adapar mantém mais de 30 Postos de Fiscalização do Trânsito Agropecuário nas divisas do Paraná com Mato Grosso do Sul, São Paulo e Santa Catarina, onde as inspeções de máquinas e implementos agrícolas são intensificadas para verificar a conformidade com a Portaria 129/24-FONTE ADAPAR