ACUSADOS DE FEMINICÍDIO SÃO SOLTOS; POPULAÇÃO NÃO ACEITA

ACUSADOS DE FEMINICÍDIO SÃO SOLTOS; POPULAÇÃO NÃO ACEITA

 

Foram liberados nesta terça-feira

Juliana Barraqueiro, 32 anos e Adelmo Aniballe Cordasco do Prado (foto), 27, acusados de matar e incendiar Luciane Rita, 30, em Guapirama, em julho do ano passado, deixaram a cadeia de Joaquim Távora e já estão em prisão domiciliar em cidade ainda não revelada, onde vão aguardar o julgamento pelo suposto crime cometido.
A previsão inicial era de que o casal deixasse as grades segunda-feira (3). Mas, devido à fuga de presos registrada  (confira em https://npdiario.com/cidades/sete-foragidos-da-cadeia-tavorense-ainda-estao-nas-ruas/) , os policiais civis não puderam conduzir os acusados para instalar a tornozeleira eletrônica, conforme imposição legal.

Na manhã desta terça-feira, dia quatro, eles foram levados a Cornélio Procópio, onde o dispositivo foi instalado. Não podem sair de casa entre as 19 e 8 horas, nem ultrapassar um raio de dez quilômetros do local registrado no equipamento.

Até os últimos momentos, a família de Luciana Rita (foto) em Quatiguá tentou convencer as autoridades judiciais a reverter a decisão de soltura do casal. Na tarde e noite de segunda-feira (3), às 22hs30 a família estava em frente ao Fórum da Comarca de Joaquim Távora colando cartazes e  pedindo Justiça. Foi uma manifestação silenciosa (vídeo).

Nas redes sociais, a população de Quatiguá se manifestou contra a decisão da Justiça. “A intenção não é compadecer, é exigir Justiça pela verdade, pelos laudos de perícias que vocês já possuem. Por todas as provas”, registra um post.
E continua: “A soltura dos suspeitos não causa apenas revolta e indignação, causa medo pelas ameaças que já existiam antes de Luciane ser morta e queimada. Luciane não teve direito em escolher viver, simplesmente foi morta cruelmente, friamente. A família não vai parar, nós não iremos parar. Não vamos desistir… Não aceitamos essa soltura, a população não aceita”.
E fez um apelo: “Não importa qual seja o endereço de soltura, seja aqui [em Quatiguá] ou em outra cidade, não é justo os suspeitos com todos os indícios do crime estarem soltos, misericórdia!”

 

Juliana e Adelmo deixaram a cadeia beneficiados por uma decisão do juiz titular da Comarca de Joaquim Távora, Marco Antônio Venâncio de Melo, acatando pedido do advogado de defesa de Juliana, no qual alegou que o Ministério Público Estadual promoveu ações com o intuito de protelar o julgamento da acusada. O advogado da acusada é Carlos Henrique Rodrigues Pinto, que atua em conjunto com Melissa Félix Lourenço.

Reportagem: Valdir Amaral/Especial para o npdiario