Seagri discute sanidade e rastreabilidade animal em comissão técnica da bovinocultura de corte
Seagri discute sanidade e rastreabilidade animal em comissão técnica da bovinocultura de corte
A excelência na sanidade animal e a rastreabilidade que passará a ser exigida pelos compradores de proteínas, particularmente China, Coreia do Sul, Japão e União Europeia, foi um dos assuntos discutidos pela Comissão Técnica da Bovinocultura de Corte e Pecuária Moderna, da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), nesta segunda-feira (05).
A reunião contou com a presença do secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Natalino Avance de Souza. “Estamos em um estado em que a produção animal tem um destaque especial na formação do Valor Bruto de Produção”, acentuou. Em 2023 a pecuária foi responsável por R$ 96,5 bilhões (48,8%), enquanto a agricultura somou R$ 92,1 bilhões (46,6%).
“Por isso temos conversado com a federação para termos uma pauta comum, com prioridade naquilo que é importante para o Estado”, disse Natalino. “No caso da pecuária moderna, precisamos definir alguns protocolos de produção, de assistência técnica e extensão rural, que permita reposicionar a produção de carne no Estado”.
Segundo ele, há muito espaço para o Paraná crescer tanto em carne bovina quanto ovina. “Esse ambiente, esse cenário, essa oportunidade queremos construir juntos”, afirmou.
ADAPAR – Também presente ao encontro, que reuniu aproximadamente 50 pessoas de forma presencial na sede da Faep em Curitiba e online, o presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Otamir Cesar Martins, fez um relato de encontros que participou na Austrália e Argentina, em que a rastreabilidade foi discutida.
Segundo ele, 40% das exportações de proteínas animais paranaenses vão para a China. Hoje a rastreabilidade é feita em grupo, mas os chineses devem começar a exigir a comprovação individual. Da mesma forma, Coreia do Sul e Japão devem começar a importar proteínas do Estado com a mesma exigência. Na Comunidade Econômica Europeia a legislação prevê entrada de produtos rastreados a partir de 2025.
“Sem rastreabilidade o mercado não vai comprar carne”, afirmou Martins. Segundo ele, há necessidade de se conversar muito e tomar atitudes com vistas à proteção tanto dos rebanhos, para não permitir que doenças interferiram na produção, quanto na conquista e manutenção de mercados com a rastreabilidade. “Nós queremos estar juntos para construir essa nova pecuária”, reforçou.
O coordenador da Comissão Técnica da Bovinocultura de Corte da Faep, Rodolfo Luiz Werneck Botelho, salientou o comprometimento de todos para que a pecuária moderna possa ser colocada em prática. “Precisamos da federação, da comissão de bovinocultura de corte, dos sindicatos, das comissões regionais e do Estado para desenvolver essa pecuária moderna nos municípios”, disse.
Segundo ele, a variação de produtividade é muito grande. “Tem que levar informação e tecnologia para aqueles que estão com produtividade baixa evoluírem”, salientou. “É um elo entre o setor produtivo, quer sejam grandes, médios ou pequenos com a parte de informação, com a parte técnica, com a academia, universidades e entidades.”
O gerente regional de Cadeias Produtivas do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater, Hernani Alves da Silva, o chefe do Departamento de Florestas Plantadas (Deflop), Breno Menezes de Campos, e o coordenador do Programa Leite das Crianças, Francisco Perez Junior, também participaram da reunião.FONTE ADAPAR