Música da virada sem futebol não adianta, e Palmeiras perde para o Inter em Barueri
Música da virada sem futebol não adianta, e Palmeiras perde para o Inter em Barueri
música que diz que o Palmeiras “é o time da virada, o time do amor” já ecoou mais vezes que o hino do clube em jogos do Verdão neste ano. E quem já foi a um jogo no Allianz Parque ou na Arena Barueri sabe que o sistema de som não se cansa de executar o hino.
Quem se cansou, por outro lado, foi o Palmeiras. Que desta vez, a despeito do esforço de 13 mil guerreiros que se deslocaram a Barueri nesta quarta-feira (17) e não ficaram quietos nem por um minuto, não conseguiu reverter o placar negativo e perdeu para o Internacional por 1 a 0 pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro.
Esta foi a sétima vez em 21 jogos no ano que o Palmeiras saiu atrás do placar nesta temporada. Em cinco, o time havia conseguido a virada, tendo perdido apenas na primeira final do Campeonato Paulista, para o Santos (1 a 0).
O Palmeiras agora tem uma sequência muito pesada pela frente. No domingo (21), o adversário é o Flamengo, no Allianz Parque. Na quarta (24), o time vai até o Equador encarar o Independiente del Valle pela Libertadores. E, na segunda, dia 29, vai ao Morumbi enfrentar o time da casa.
Tudo isso com um time muito cansado. E, agora, também pressionado.
Poderia ter sido uma goleada
Se o Palmeiras tivesse sido goleado no 1º tempo, não haveria como se dizer que o resultado foi injusto. Frouxo na marcação e ineficaz no ataque, o time de Abel Ferreira “chamou” o gol colorado desde o início da partida.
Renê, Borré, Wesley e Vanderson tiveram boas chances. Na melhor delas antes do 1 a 0. Mais até do que Weverton, Borré foi o grande responsável pela derrota parcial do Palmeiras na primeira etapa não ser mais larga.
Aos 14, o argentino, que foi muito desejado no Palmeiras em 2021, escorregou frente a frente com Weverton, que saiu bem para buscar a bola nos seus pés. Já aos 21, após pênalti bobo de Gustavo Gómez em Wesley, Borré isolou, à lá Roberto Baggio, e manteve o empate.
Justiça seja feita, no lance do gol colorado, foi ele quem acionou Wesley na direita da área. O Cria da Academia bateu cruzado para fazer 1 a 0 e não comemorou, aos 45. Mas, aos 47, Borré cabeceou para fora sozinho, em frente ao goleiro do Palmeiras.
Um oásis chamado Endrick
Se o centroavante do Inter foi mal, o do Palmeiras foi muito bem. O problema é que só ele teve boa atuação. As três chegadas do Palmeiras passaram pelos seus pés.
Na melhor dela, aos 27, o atacante chapelou Thiago Maia, se livrou de mais dois marcadores e acionou Lázaro na esquerda. O ponto viu Veiga passando e deixou o camisa 23 com tranquilidade para chutar. Mas a bola bateu na rede pelo lado de fora.
Na segunda etapa, foi o camisa 9 quem continuou trazendo lucidez para o time. Com Raphael Veiga muito apagado e claramente cansado, Endrick jogava como um armador pelo meio em várias oportunidades.
Aos 10, porém, até ele falhou. Num dos poucos acertos na partida, Piquerez enfiou e nencontrou o atacante na pequena área. Ele nem dominou, nem chutou.
O cansaço do time era evidente e coletivo. Mas sem escolha, o time seguia atacando. E Abel começou a mexer. Lázaro e Ríos, burocráticos, deram lugar a Rony e Menino, que entraram bem. Flaco, apagado, saiu para a entrada de Estêvão, que deu nova vida ao time. E Veiga, muito cansado, deixou o campo para Rômulo estrear.
Não dá par dizer que o time não cresceu com as mexidas. Mas o Inter ia cozinhando o jogo e, para citar outro chavão, ia sabendo sofrer. Mesmo quando Rony, aos 50, acertou uma bicicleta perfeita, que Rochet agarro-FONTE TRIVELA