Cambé coloca vigilantes armados em escolas municipais após estudantes serem mortos em colégio estadual
Cambé coloca vigilantes armados em escolas municipais após estudantes serem mortos em colégio estadual
As escolas e centros municipais de educação infantil de Cambé, no norte do estado, começaram nesta segunda-feira (16) a contar com seguranças armados contratados pela prefeitura.
São 44 profissionais que vão atuar nas 44 unidades de ensino do município. Segundo a prefeitura, eles vão trabalhar armados. A rede municipal de Cambé tem mais de 10 mil estudantes.
A decisão de reforçar a segurança veio depois que um casal de adolescentes foi morto em um colégio estadual da cidade,
“Estamos colocando pessoas dentro do ambiente escolar que são muito capacitadas para cuidar das nossas crianças. Mesmo que um eventual invasor passe pelas barreiras físicas e esteja armado, teremos mais um garantidor de segurança dentro também”, afirmou o prefeito de Cambé, Conrado Scheller.
Na época do assassinato dos alunos no colégio estadual, o secretário de Estado da Segurança Pública, Hudson Leôncio Teixeira, disse que a segurança das escolas estaduais seria reforçada pela Polícia Militar (PM).
As aulas no colégio onde o crime aconteceu foram retomadas com a presença de policiais e seguranças terceirizados.
Nesta segunda, a Secretaria de Estado de Segurança Pública informou que a 11ª Companhia Independente da Polícia Militar de Cambé “permanece com o policiamento ostensivo, preventivo e comunitário nas imediações dos colégios municipais e estaduais”.
Os vigilantes que passaram a trabalhar nas escolas municipais de Cambé são contratados por uma empresa terceirizada, que venceu uma licitação da prefeitura. Por ano, o gasto será de R$ 4,5 milhões com o serviço.
O contrato entre o poder público municipal e a empresa de segurança tem duração de 10 anos.
Segundo a prefeitura, eles vão entrar às 7h e ficar até o final da tarde, quando os alunos são entregues para as famílias.
Mortes no colégio
Em junho deste ano, Karoline Verri Alves, de 17 anos, e Luan Augusto, de 16 anos, foram mortos a tiros no Colégio Estadual Professora Helena Kolody, onde estudavam.
Segundo a Polícia Civil, eles foram assassinados por um jovem de 21 anos, que era ex-aluno da escola e invadiu o local.
A investigação identificou seis suspeitos de envolvimento no caso.
A Justiça aceitou a denúncia contra três deles por dois homicídios duplamente qualificados por motivo torpe e por recurso que dificultou a defesa das vítimas.
fonte G1