Paraná declara epidemia de dengue
Paraná declara epidemia de dengue
De agosto de 2021, até o momento, o Paraná contabilizou mais de 80 mil notificações de dengue e cinco mortes pela doença. Com o aumento dos casos, a Secretaria de Estado da Saúde declara situação de epidemia da doença a partir desta terça-feira (19).
“Entramos em epidemia de dengue. Em cada boletim semanal os números apontavam para este desfecho. Apesar do nosso constante monitoramento, por parte da Vigilância Ambiental, os números aumentaram e agora precisamos reverter a situação. Tivemos óbitos e não queremos que os casos aumentem. Já tivemos um trabalho efetivo de combate à doença no passado recente, com apoio da sociedade, e convocamos a população novamente para este enfrentamento”, alertou o secretário de Estado da Saúde, César Neves.
Os números do boletim semanal da dengue, divulgado hoje revelam que os casos prováveis e confirmados estão acima do esperado para o período epidemiológico, por isso a configuração de um cenário epidêmico.
São 80.004 casos notificados, 14.964 a mais em relação à semana anterior. Os dados são do 34º Informe Epidemiológico, do novo período sazonal da doença, que iniciou no dia 1º de agosto e deve seguir até julho de 2022. O boletim informa ainda que 365 municípios possuem casos notificados, sendo que 287 tiveram confirmação de casos. Em uma semana foi registrado o aumento de 39,86% nos casos confirmados, passado de 16.560 para 23.161. Nesta semana, não houve registro de nenhum óbito.
As Macrorregiões Oeste e Norte concentram maior o maior número de casos confirmados. Francisco Beltrão, Medianeira, Arapongas, Cascavel, Salto do Lontra, Ampére, Catanduvas, Iracema do Oeste e Realeza foram os municípios com maior número de casos confirmados nas últimas seis semanas.
EPIDEMIA – É a manifestação coletiva de uma doença que rapidamente se espalha, por contágio direto ou indireto, até atingir um grande número de pessoas em um determinado território e que depois se extingue após um período. O Diagrama de Controle é um dos métodos utilizados para a verificação de ocorrência de uma epidemia. Ele consiste na representação gráfica, considerando uma série histórica de 12 anos, sugerindo limites máximo e mínimo de casos absolutos esperados.
Entre 2019 e 2020, o Paraná enfrentou uma das piores epidemias de dengue da sua história, desde que começou a ser monitorada, em 1991. Nesse período foram registrados 227.724 casos confirmados da doença, com 177 mortes. Até então, o pior período havia sido entre 2015 e 2016, com pouco mais de 56 mil casos e 61 mortes.
“Nossas equipes já estão a campo nas regiões onde prevalece o maior número de casos, orientando a população. Estamos promovendo tutoriais para os médicos para esse enfrentamento para que haja o diagnóstico assertivo”, complementou o secretário.
“Precisamos reavivar os métodos de combate da dengue. Aquele vaso de água, de entulho, na cisterna de captação de água, entulhos devem ser evitados, pois o criador do mosquito pode estar lá”, finalizou.
O mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, é causador também de outras doenças chamadas de arboviroses, caso da zika e chikungunya. De acordo com o boletim semanal, houve 210 notificações de chikungunya, com 12 casos foram confirmados.
TRANSMISSÃO – As arboviroses (dengue, zika e chikungunya) são transmitidas pela picada do Aedes aegypti. É necessário ficar atento a possíveis criadouros do mosquito e, assim, eliminar esses locais de risco, para evitar a propagação das doenças. É fundamental que a pessoa identifique os sintomas das arboviroses para buscar o serviço de saúde para diagnóstico e tratamento adequado, o quanto antes.
Confira o informe completo clicando aqui. FONTE SESA