Será que os novos normal e emocional já são fatores comuns?

Pandemia A vida nos ensina a acostumar com tudo.Até com ela

Há mais de um ano que estamos convivendo com essa irrupção, esse flagelo chamado pandemia. Palavra, até então, pouco utilizada e até mesmo desconhecida por muita gente. Aí veio ele, o tal Coronavírus, sabemos lá de que confins, a manifestar e impor sua crueldade, primeiro na China. Talvez para conferir à gigante o “selo de qualidade” para consolidar a categoria de seus produtos.

A verdade é que a tal pandemia mudou tudo. Mudou o mundo. A maneira de trabalhar, de viajar, de se divertir, de estudar. Enfim, mudou tudo. Estudantes, professores, artistas, médicos e muitos outros profissionais foram obrigados a se adaptar a novas rotinas em casa ou fora dela. O “online”, ou remoto, cuja prática já se expandia antes mesmo do advento, virou fator comum nas mais variadas atividades.

E o pior: o vírus do mal trouxe consigo a pavorosa Covid-19 que transformou o mundo. E a verdade é que, mais rápidas do que a sua propagação, foram as medidas de contingência tomadas por governos e empresas do planeta todo. Dos pequenos comércios e às gigantes globais, chacoalharam o mundo do trabalho; atividades sociais tolhidas.

Morreu muita gente no começo. Verdadeiro pavor. Só que continua morrendo muito mais agora. É só comparar as estatísticas. Mesmo assim, parece que as pessoas já estão se adaptando ao que passaram a chamar de “novo normal”. Um processo de transformação que chegou de forma imediata e mudou tudo.

Será que já está virando rotina, como soi acontecer com tudo nesta vida? É o que dá a impressão. Parece que morrer por Covid-19 já não causa mais tanto impacto. Estamos vendo que a vida nos ensina a acostumar com tudo. Até com a morte. Me oriento pelo interesse das pessoas nos artigos que saem na mídia, alguns daqui que eu mesmo escrevo.

No começo, cada artigo, ou matéria que postava no Facebook sobre a doença em nosso âmbito, chovia de manifestações, indignações e até pequenas preces. Muito diferente do momento atual, cujos artigos, às vezes, até com maior impacto do flagelo, não ganham o mesmo interesse. Nos leva a pensar que, além do “novo normal”, também já estamos entrando em um “novo emocional”.

TEXTO DO JORNALISTA ATAÍDE CUQUI