Com viatura no gramado, Londrina x Maringá é suspenso após veto e tentativa de manter o jogo

Partida estava marcada para este sábado, jogadores aqueceram no gramado, mas logo depois a Guarda Municipal cumpriu a decisão da Prefeitura de Londrina e vetou o jogo

Por Redação do ge — Londrina

A partida, válida pela primeira rodada do Campeonato Paranaense 2021, iniciaria às 19h15 (de Brasília), mas horas antes a Prefeitura de Londrina vetou a realização do confronto, acatando pedido do Ministério Público. Uma viatura da Guarda Municipal chegou a entrar no gramado do Estádio do Café para que a decisão da prefeitura fosse cumprida. Pouco antes disso, os dois clubes se reuniram e foram informados sobre a suspensão do jogo.

Com a determinação da prefeitura, as atividades no Estádio do Café estão suspensas até o dia 8 de março. A data é quando termina a vigência do decreto estadual que deixou mais rígido as medidas contra a pandemia de coronavírus em todo Paraná.

Veja o decreto publicado pela prefeitura:

O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE LONDRINA, ESTADO
DO PARANÁ, no exercício de suas atribuições legais,
CONSIDERANDO o Decreto Estadual nº 6.983/2021, que
determinou a suspensão das atividades não essenciais
durante o período da zero hora do dia 27 de fevereiro de
2021 às 5 horas do dia 08 de março de 2021;
CONSIDERANDO que eventos e práticas desportivas não
são consideradas atividades ou serviços essenciais;
CONSIDERANDO a recomendação Administrativa da 24ª
Promotoria de Justiça de Londrina, por meio do Ofício nº
379/2021;
D E C R E T A:
Art. 1º. Fica proibida a realização de qualquer atividade ou evento no Estádio Municipal Jacy Scaff
(Estádio do Café), enquanto perdurarem os efeitos do Decreto Estadual nº 6.983 de 26 de fevereiro de
2021.
Art. 2º. O descumprimento da proibição instituída pelo presente Decreto, sujeitará o infrator às
penalidades previstas pelo Decreto nº 1352 de 23 de novembro de 2020.
Art. 3º. O descumprimento da medida prevista no presente Decreto, poderá ainda sujeitar o infrator às
sanções penais previstas nos artigos 268 e 330 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 –
Código Penal, se o fato não constituir crime mais grave, sem prejuízo de outras sanções administrativas,
cíveis e penais cabíveis.
Art. 4º. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

Malucelli cita falta de respeito com LEC e Maringá em adiamento de partida: “Segurança era total”

Em entrevista após a confusão, o gestor garantiu que os profissionais que fariam parte do jogo, tanto da imprensa, quanto das equipes, estavam todos testados contra a Covid-19 e que a segurança era total.

“Não foi a estreia que queríamos no campeonato, foi da pior maneira possível. Recebemos a notícias às 16h, quando estávamos nos deslocando para cá, o Maringá também estava. Até então ninguém sabia de nada. Tinha gente desde as 11h trabalhando, todos com teste de Covid-19 feitos. A segurança era total. Mesmo assim recebemos o comunicado do MP, onde foi proibido o jogo pela promotora. Tentamos de tudo. O prefeito falou com a promotora, conversou, mas eles não chegaram a um bom senso. No final do dia o prefeito também publicou o decreto proibindo jogos no Estádio do Café”, disse Malucelli.

O principal problema para o gestor foi o jeito com que o adiamento se deu em Londrina, diferente do que foi em outras cidades.

“Fico entristecido pela maneira como foi agido. Falta de respeito com o Londrina, o Maringá e os torcedores. O decreto saiu ontem (sexta, 26), em Cascavel proibiram o jogo ontem (sexta, 26), o nosso foi no dia. Uma falta de respeito muito grande. O prefeito tinha que assumir e deixar jogar. O secretário de Saúde, Beto Peto, autorizou, Nós executamos o protocolo da federação… Agora é vida que segue.”

Além de Londrina x Maringá e FC Cascavel x Paraná, também foram adiados Coritiba x Cascavel CR, Toledo x Rio Branco. Apenas Cianorte x Athletico Paranaense jogaram no sábado, e o time do interior venceu por 1 a 0. Operário x Azuriz também podem entrar em campo neste domingo, mas há uma indefinição por parte do poder público, já que Ponta Grossa ainda não recebeu o decreto no momento da publicação da reportagem.