28 de setembro – Dia Mundial Contra a Raiva
28 de setembro – Dia Mundial Contra a Raiva
Para lembrar a importância de controle e prevenção do vírus da raiva, a Aliança Global para o Controle da Raiva (ARC), com o apoio da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e da Organização Mundial da Saúde (OMS), comemoram em 28 de setembro, o Dia Mundial Contra a Raiva. Essa data foi escolhida, porque foi o dia em que, aos 73 anos de idade, morria Louis Pasteur, cientista francês reconhecido pelas suas notáveis descobertas sobre as causas e prevenções de doenças e, no ano de 1895, criava a vacina antirrábica.
O Programa Nacional de Controle da Raiva dos Herbívoros, do Ministério da Agricultura, atua com o objetivo de baixar a prevalência da doença na população de herbívoros domésticos. A estratégia de atuação do Programa é baseada na adoção da vacinação dos herbívoros domésticos, no controle de transmissores e de outros procedimentos de defesa sanitária animal que visam a proteção da saúde pública e o desenvolvimento de ações futuras para o controle dessa enfermidade.
Sinais nos animais e responsabilidades:
O animal suspeito de raiva, apresenta alteração do comportamento, salivação abundante e dificuldade de locomoção que progride para a paralisia e morte. Cabe ao proprietário notificar imediatamente à Adapar a suspeita de casos de raiva em herbívoros, bem como a presença de animais apresentando mordeduras por morcegos hematófagos, ou ainda informar a existência de abrigos desses morcegos. A não notificação coloca em risco a saúde dos rebanhos da região, podendo expor o próprio ser humano à enfermidade. Outra obrigação do proprietário é fazer uso da pasta vampiricida ao redor das feridas provocadas pelas mordeduras dos morcegos hematófagos nos herbívoros domésticos. Como os morcegos são animais silvestres protegidos pela legislação ambiental, esta é uma maneira permitida para o controle indireto da população de morcegos hematófagos.
Diagnóstico:
O diagnóstico laboratorial da raiva somente é possível após a morte do animal suspeito, por meio da colheita de uma amostra de material do Sistema Nervoso Central, que é enviada para exame gratuitamente. Em caso de resultado positivo, o proprietário e o serviço de saúde são informados para as providências necessárias.
Situação no Paraná e prevenção:
A raiva é uma doença endêmica no Paraná. Ocorreram em média 60 casos por ano nos últimos 5 anos e, só no primeiro semestre de 2021 a Adapar já atuou em 45 focos. A vacinação dos animais é a única maneira para prevenir a doença e pode ser aplicada a partir dos 3 meses de idade, sendo necessário um reforço após 30 dias e revacinação anual.
A Adapar faz o monitoramento em mais de 800 abrigos de morcegos hematófagos cadastrados. Esses morcegos se alimentam exclusivamente de sangue e se estiverem contaminados com o vírus da raiva, poderão transmiti-la aos animais e aos seres humanos. Nunca se deve tocar diretamente um morcego. Os morcegos encontrados mortos ou caídos devem ser encaminhados à Adapar para o diagnóstico laboratorial.
A raiva é causada por um vírus, cuja variante 3, está associada ao morcego hematófago da espécie Desmodus rotundus, que é o principal reservatório e transmissor para os herbívoros domésticos.
Lembre-se: raiva mata e a única maneira de evitá-la é através da vacinação!
Texto por Elzira Jorge Pierre – Coordenadora do Programa de Controle da Raiva dos Herbívoros da Adapar