Cornélio Procópio, Sertaneja e Leópolis reabrem o comércio

Por GAZETA 369*

Municípios de Cornélio Procópio, Sertaneja e Leópolis decidem reabrir o comércio a partir desta quarta-feira (15) – por prazo indeterminado –, após fechamento decretado em virtude da pandemia de Coronavírus em todo o país e no mundo.

A decisão foi tomada após uma reunião realizada em Cornélio Procópio, com os prefeitos das três cidades (Amin Jose Hannouche – Cornélio Procópio; Alessandro Ribeiro – Leópolis; Jamison Donizete da Silva – Sertaneja), Associações Comerciais, Secretaria de Saúde e Vigilância Sanitária, demais Entidades Civis e Promotoria Pública, na qual ficou definido a reabertura gradual do comércio, com regras de vigilância sanitárias, funcionamento restrito (em Cornélio Procópio) de segunda a sexta, das 9h às 16h, aos sábados com os considerados essenciais e fechamento aos domingos. Outra norma importante estabelecida em Cornélio Procópio foi a decretação do Toque de Recolher, das 20h às 4h, exceto aos entregadores, trabalhador do comércio e prestação de serviços ligados à saúde emergencial, como hospitais, farmácias e atividades correlatas; entre outros citados no DECRETO MUNICIPAL Nº 1765/2020

Eliseu Rocha, chefe da vigilância sanitária de Cornélio Procópio, explicou que a medida visa a volta do funcionamento do comércio geral de forma gradativa. “Cada um dentro de sua categoria expôs suas necessidades que foram analisadas pelo Ministério Público e teve como embasamento a formulação dos decretos expedidos pelas três prefeituras participantes.

O isolamento social continua

A Vigilância Sanitária deixou claro que isolamento ainda não acabou, isso tem que ficar claro à população, pois trata-se de uma reabertura gradativa do comércio. “Não é para sair para passear pelo comércio, procurar sair uma pessoa por vez para buscar o necessário a cada família, procurar respeitar o isolamento”, destacou Eliseu.

Amunop pede colaboração da população

Em entrevista ao repórter Paulo Ribeiro, à Rádio Graúna FM e Rede Mais – Canal 21, Jamison Donizete da Silva, prefeito de Sertaneja e presidente da Associação dos Municípios do Norte do Paraná (Amunop), destacou que a situação ainda é de cautela e por isso decidiram, junto a Secretaria de Saúde, com o Poder Judiciário, após 30 dias de fechamento, reabrir o comércio nas três cidades, com os devidos termos de ajustamento de conduta, tendo em vista que o comércio é o responsável por grande parte da economia e é quem está pagando o preço maior de toda a crise. O presidente da associação informou que as demais cidades que compõem a Amunop deverão estudar e analisar medidas de retorno de acordo com a situação de cada município.

Jamisom deixou claro que é preciso colaboração da população para que as medidas adotadas tenham resultados positivos, pois nada do que foi decidido na reunião será definitivo, podendo voltar ao fechamento como estava antes:

Promotoria destaca necessidade do cumprimento das normas

O promotor de Justiça de Cornélio Procópio, Dr. Eriton Cristiano Damásio, durante coletiva à imprensa, destacou que as novas medidas de distanciamento social darão maior liberdade a população e aos que trabalham no comércio visam o retorno gradual das atividades, mas deve-se manter o foco na saúde do trabalhador e do consumidor, com as devidas precauções sanitárias: uso do álcool gel, máscaras e distanciamento (com controle de entrada por pessoa).

Participantes: Reunião da Amunop e MP para reabertura do comércio em Cornélio Procópio, Sertaneja e Leópolis (Foto: Taiko – Radio Rainha da Paz FM – Cornélio Procópio)

Um detalhe importante lembrado pelo promotor foi a necessidade do uso da máscara, tanto por parte de quem estiver atendendo, quanto de quem estiver adentrando aos estabelecimentos comerciais. “Sem o uso de máscaras, não serão permitidas a entrada no local”, disse Dr. Eriston. Lembrou que as regras também valem para o transporte público que deve voltar gradativamente.

O MP frisou que reabertura do comércio está condicionada ao fornecimento de EPIs por parte dos proprietários dos estabelecimentos. Quem não cumprir as normas, tanto comércio quanto consumidores, estará sujeito a sanções (penas legais) que deverão ser definidas pelos prefeitos de cada município.

Feiras serão permitidas ao ar livre com o devido distanciamento, assepsia necessária fornecida aos funcionários e clientes. Feiras em locais fechados permanecem proibidas. Igrejas e academias ainda estão sujeitas a normas impostas pelo governo estadual.FONTE: WILSON BARBOSA/GAZETA 369