ADAPAR divulga dados da vigilância fitossanitária para a praga HLB (greening) em citros

ADAPAR divulga dados da vigilância fitossanitária para a praga HLB (greening) em citros

A GSV – Gerência de Sanidade Vegetal, através do Programa de Sanidade da Citricultura, divulga resultado dos trabalhos desenvolvidos pelos Fiscais de Defesa Agropecuária no combate ao HLB. A doença huanglongbing (HLB), também conhecida como greening, é causada pela bactéria Candidatus liberibacter, que coloniza o floema das plantas, ataca todos os tipos de citros e não há cura para as plantas doentes.

As bactérias são transmitidas pelo psilídeo Diaphorina citri, inseto de coloração branca acinzentada e manchas escuras nas asas, com comprimento de 2 a 3 mm, (fotos), muito frequente nos pomares nas épocas de brotação das plantas. A bactéria foi detectada pela primeira vez no Brasil no ano de 2004, no estado de São Paulo. No Paraná, foi detectada oficialmente, através de coleta e análise de folhas sintomáticas, em fevereiro de 2007 no município de Altônia (região noroeste). A partir de então os produtores rurais (citricultores ou não) passaram a seguir as determinações legais, tanto do Ministério da Agricultura quanto da Adapar.

Quando doentes, as plantas de citros apresentam sintomas típicos como frutos deformados, sementes abortadas e folhas com manchas assimétricas. A eliminação das plantas sintomáticas é obrigatória por lei, portanto, o produtor rural que não eliminar as plantas doentes poderá ser multado.

De acordo com a Instrução Normativa nº 53, publicada pelo Ministério da Agricultura em outubro de 2008, o produtor deve inspecionar e eliminar as plantas com sintomas de greening. As inspeções devem ser feitas pelo menos a cada três meses e os resultados deverão ser encaminhados à Adapar por meio de relatórios semestrais. Talhões com incidência superior a 28% de plantas com sintomas devem ser totalmente eliminados.

Em poucos anos a bactéria foi disseminada nos pomares paranaenses, em virtude do desconhecimento do citricultor para controle do vetor (psilídeo) e muito mais por não conhecer os sintomas provocados pela bactéria (folhas com manchas assimétricas), confundindo com deficiência nutricional, outras doenças, etc. De 2007 a 2015 a bactéria foi detectada em 101 municípios do norte e noroeste do Estado, onde estão os principais pomares de laranjas (Cornélio Procópio, Londrina, Apucarana, Maringá, Paranavaí e Umuarama).

A Adapar vem fiscalizando o cumprimento da IN 53/08, lavrando autos de infração e notificações aos produtores rurais que não eliminam plantas doentes e também realiza treinamento pelo sistema cooperativista em parceria com o IAPAR. Entre os anos de 2016 e 2019, a bactéria foi constatada em pomares de pequenos produtores rurais e em pomares não comercial nas regiões oeste e sudoeste. Pomares de citros, plantas isoladas, tanto na zona urbana quanto na zona rural, foram dizimados pela praga.

Com o passar do tempo, com o conhecimento adquirido, assistência técnica capacitada e com as ações de defesa implementadas pela Adapar, o citricultor aprendeu a fazer o controle do inseto vetor, identificando os sintomas na planta e eliminando plantas sintomáticas para reduzir a fonte de inóculo nos pomares.

Na safra 2017/2018, o Paraná produziu o volume de 24 milhões de caixas (40,8 kg). Atualmente estima-se que existam aproximadamente 11 milhões de plantas de laranjeiras, (30% de plantios novos) a partir das quais se projeto uma produção de 20 milhões de caixas.

A retomada de plantios vem acontecendo desde 2017, um pouco impulsionada por preços melhores nos últimos anos, mas seguramente as ações da Adapar em conjunto com a iniciativa privada determinaram a continuidade da atividade e fazem do Paraná uma das três unidades da federação com maior produção de citros no Brasil.

 

Fonte: Adapar